26 de agosto de 2012

Marcha contra a Mídia Machista no Brasil:


A Marcha Contra a Mídia Machista NÃO TEM LÍDER, seja ele uma única pessoa ou um grupo ou organização específica. A Marcha Contra a Mídia Machista formou-se pelo povo, por uma sociedade civil organizada. Não estamos seguindo instruções de nenhuma organização ou grupo, estamos protestando pois o povo tem sua própria voz! Então, reitero: ESTA MARCHA NÃO TEM LIDERANÇA. OS LÍDERES SOMOS TODOS NÓS, O POVO!


A Marcha contra a mídia machista já está sendo organizada em:
Recife: https://www.facebook.com/events/406613302719861/

Belo Horizonte:
https://www.facebook.com/events/443994278978927/

Porto Alegre:
https://www.facebook.com/events/215712008554295/

Rio de Janeiro:
https://www.facebook.com/events/167902953345040/

Campinas:
https://www.facebook.com/events/477604732249867/

Florianópolis:
https://www.facebook.com/events/352565051488132/

São Paulo:
https://www.facebook.com/events/339397856147272/

Campo Grande:
https://www.facebook.com/events/401066163285847/

Distrito Federal:
https://www.facebook.com/events/268963079871930/


Seja um voluntário para organizar a Marcha em sua cidade!

Há alguns meses, vem sendo veiculada na TV uma campanha publicitária da marca de cervejas "Nova Schin", com apologia ao estupro. Na propaganda, um grupo de homens bebendo num quiosque de praia imaginam: "E se fôssemos invisíveis?" Já no campo da imaginação, tudo o que se vê é uma latinha flutuante, e então, o "homem invisível" aproveita de seu "poder" para passar a mão em mulheres deitadas na areia e invadir o vestiário feminino, fazendo as moças saírem correndo de dentro do lugar, semi-nuas. 

A propaganda da Nova Schin presta um desserviço à sociedade enquanto corrobora com a mentalidade de que abusar de uma mulher e invadir sua privacidade é aceitável, e pior que isso, engraçado. Não é engraçado. O estupro não configura apenas a penetração vaginal. Desde 2009, praticar qualquer ato libidinoso sem consentimento da outra parte envolvida é estupro é É CRIME. 
Nos mobilizamos, mas parece que a Nova Schin não quer ouvir. Todos os protestos na página do facebook são apagados e ignorados, e a propaganda continuar no ar, à todo vapor. O jeito então, é apelarmos à CONAR pela retirada imediata de circulação da propaganda, e exigirmos da empresa uma retratação correta, não apenas: "Não foi nossa intenção ofender ninguém". 
A mulher é representada na mídia apenas como consumidora de produtos de limpeza e de cosméticos, como se não fôssemos nada além de serviçais e objetos de prazer sexual do homem. A indústria da cerveja reitera este olhar distorcido, esquecendo-se que também somos consumidoras de seu produto.

Somos mulheres que trabalham e compram sua própria cerveja! Não somos serviçais dos homens, nem recompensa: somos consumidoras!

Somos mulheres que compram os próprios carros, não somos apenas as passageiras que falam de novela e não sabem dirigir.

Somos mulheres que trabalham em dupla jornada, que não passam a vida apenas pensando em sapatos e cosméticos.

Somos mulheres que dirigem empresas, são chefes de família, sustentam filhos sozinhas e ainda lutam por seus direitos.

Somos mulheres que sentem prazer sexual, e não apenas instrumento do prazer sexual dos homens.

Somos mulheres que lutam. E se a mídia não quer nos retratar dessa forma, nós mesmas iremos mostrar a que viemos!

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