Reação veio imediatamente após internautas debocharem
e compartilharem um vídeo de uma garota nua e dopada que foi estuprada por mais
de 30 homens
Coletivos de feministas lançaram nesta
quinta um “gritaço” nas redes sociais contra a naturalização do estupro. O
movimento começou depois da divulgação de um vídeo de uma garota desacordada e
nua, vítima de violência sexual no Rio de Janeiro.
A ideia da campanha é reunir mulheres de todas as partes do Brasil gritando não
contra o machismo, a misoginia e a violência contra as mulheres e em
solidariedade à garota alvo da violência. A atriz Letícia Sabatella aderiu ao
protesto. Paralelamente, a advogada e empresária dos Racionais Mcs, Eliane
Dias, e a presidente Dilma Rousseff também manifestaram na web em solidariedade
à garota e demonstaram repúdio à ação dos homens.
Postado nas redes sociais na
terça-feira, o
vídeo com imagens chocantes viralizou na internet.
A Polícia Civil e o Ministério Público fluminense investigam o caso e também a
divulgação e o compartilhamento das imagens. Muitos internautas postaram o
vídeo nas redes sociais como se não houvesse nenhum tipo de problema e ainda
escreveram comentários agressivos contra a garota, já identificada, que tem
apenas 17 anos.
“A ideia surgiu de discussões de
coletivos feministas indignados com a forma como o caso foi tratado por algumas
pessoas”, conta Manoela Miklos, feminista, doutora em Relações Internacionais e
criadora da campanha #AgoraÉQueSãoElas, em que mulheres ocuparam o espaço de
escritores e jornalistas homens durante uma semana em março, no mês do Dia
Internacional da Mulher.
“A gente ficou pensando em frases de efeito para tentar expressar nossa indignação, mas no fim decidimos que deveria ser mesmo um não. Já tentamos mil vezes explicar que isso é crime, não temos mais o que fazer. É não mesmo”, relata. A intenção é juntar vários desses vídeos em um só e postar um “gritaço” nacional hoje as 20h nas redes sociais com as hashtags #estupronuncamais #nãopassarão, explica Manoela, uma das articuladoras da ação, que envolve mulheres do Brasil inteiro. “A ideia surgiu de discussões de coletivos feministas indignados com a forma como o caso foi tratado por algumas pessoas”, conta Manoela Miklos, feminista, doutora em Relações Internacionais e criadora da campanha #AgoraÉQueSãoElas, em que mulheres ocuparam o espaço de escritores e jornalistas homens durante uma semana em março, no mês do Dia Internacional da Mulher.
“A gente ficou pensando em frases de efeito para tentar expressar nossa indignação, mas no fim decidimos que deveria ser mesmo um não. Já tentamos mil vezes explicar que isso é crime, não temos mais o que fazer. É não mesmo”, relata. A intenção é juntar vários desses vídeos em um só e postar um “gritaço” nacional hoje as 20h nas redes sociais com as hashtags #estupronuncamais #nãopassarão, explica Manoela, uma das articuladoras da ação, que envolve mulheres do Brasil inteiro.
“A gente ficou pensando em frases de efeito para tentar expressar nossa indignação, mas no fim decidimos que deveria ser mesmo um não. Já tentamos mil vezes explicar que isso é crime, não temos mais o que fazer. É não mesmo”, relata. A intenção é juntar vários desses vídeos em um só e postar um “gritaço” nacional hoje as 20h nas redes sociais com as hashtags #estupronuncamais #nãopassarão, explica Manoela, uma das articuladoras da ação, que envolve mulheres do Brasil inteiro. “A ideia surgiu de discussões de coletivos feministas indignados com a forma como o caso foi tratado por algumas pessoas”, conta Manoela Miklos, feminista, doutora em Relações Internacionais e criadora da campanha #AgoraÉQueSãoElas, em que mulheres ocuparam o espaço de escritores e jornalistas homens durante uma semana em março, no mês do Dia Internacional da Mulher.
“A gente ficou pensando em frases de efeito para tentar expressar nossa indignação, mas no fim decidimos que deveria ser mesmo um não. Já tentamos mil vezes explicar que isso é crime, não temos mais o que fazer. É não mesmo”, relata. A intenção é juntar vários desses vídeos em um só e postar um “gritaço” nacional hoje as 20h nas redes sociais com as hashtags #estupronuncamais #nãopassarão, explica Manoela, uma das articuladoras da ação, que envolve mulheres do Brasil inteiro.
Uma das apoiadoras é a filósofa e
idealizadora da PartidA, um movimento que pretende criar um partido feminista
brasileiro, Márcia Tiburi. Para ela, o estupro tem que ser olhado como uma
questão cultural para entender o motivo de o caso dessa garota não ser visto
com indignação por todos. “Temos que aprender a olhar para o estupro como uma
questão cultural. Na experiência cultural costumamos naturalizar tudo aquilo
que se torna comum, diário e cotidiano. Tudo aquilo que não é questionado”,
afirma Márcia.
Segundo ela, por isso têm pessoas hoje
rindo com o que aconteceu com a garota que foi estuprada no Rio de Janeiro.
“Pessoas que riem disso são aquelas pessoas que naturalizaram justamente esse
dado cultural, mas ao mesmo tempo nós não podemos naturalizar a ideia de que os
homens são estupradores por natureza porque eles não são. As pessoas são
criadas, educadas, formadas, generificadas, subjetivadas dentro do contexto
cultural e da tradição que elas vivem, por isso precisamos combater a cultura
do estupro contra toda forma de naturalização”, defende a filósofa. Quem também
aderiu ao protesto foi a atriz Letícia Sabatella.
Segundo dados do governo federal, no
Brasil acontecem oito estupros por dia ou um a cada três horas, em média. Os
números foram coletados pelo Disque 180, a central de atendimento à mulher da
Secretaria de Mulheres. De acordo com o 9º Anuário Brasileiro de Segurança
Pública, cujos dados mais recentes são de 2014, um estupro acontece a cada 11
minutos no Brasil, ou 47,6 mil no ano.
Fonte:
http://www.em.com.br
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